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quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Tiramissu

Sempre disse que  não costumava terminar algo convidando a pessoa para um chopp. As partidas e os términos, pra ela, não exigiam este tipo de situação. Não achava desrespeitoso. Via desrespeito na omissão, mentira, calúnia, dissimulação. Já que os tempos contemporâneos ofereciam ferramentas que aproximavam as pessoas de uma maneira tão prática, por que desprezá-las?   Realmente se sentira chateada com a situação ocorrida. Acreditava que não imaginava, em nenhum momento, que encontraria a  irmã onde a encontrou. Mas ela corria este risco – por mais remoto que poderia ser -, visto que se tratava de um evento público, a céu aberto. Sabia, também, que não havia encontrado a amiga ‘pela rua’, como relatou na mensagem. Diante destes fatos, se sentiu chateada com a maneira que ela manobrou a situação. Entendia que, talvez, não quisesse ve-la de uma maneira tão amistosa, pois há mais de um mês não se viam. E seria um tanto quanto estranho, realmente, se encontrarem em um show com um bocado de coisas pra conversar. Pensava que o fato dela ter visto a irmã tenha incomodado-a, pois, obviamente que ela comentaria e logo faria cair por terra o pensamento que vinha alimentando: “quando chegar, vai me chamar pra sair”. Tonto, sim. Sabia. Diante desta explicação, achou bem justo um ponto final na situação. O ano passou e pensou: novas atitudes. Dizia isso porque refletiu bastante sobre o que se deu entre eles. Realmente, não queria mais o pouco que recebia. Nao queria mais ter medo de se entregar. Queria muito.  Queria poder se arrepender. Queria chorar. Queria sofrer. Queria atestar que o amor não é fácil - e nunca esperou que ele seria. Queria alguém que quisesse dividir estas msms conclusoes. Respeitava todos os seus motivos para agir como agia. Pensava q  toda nossa história justifica nossos atos. Mas nao queria mais viver de um amor que está sempre se subtraindo por medos e inseguranças - ainda mais quando está evidente e latente que ele seria maior, se fosse mais corajoso. Pensava que, com certeza, se encontrariam por aí. Afinal, tinham conhecidos em comum. Jamais evitaria estar no mesmo ambiente. Neste momento, pra ela, seria realmente inviável dizer todas estas coisas pessoalmente e, no final, dar um abraço, um tapinha nas costas e dizer: “nos vemos por aí”.  Preferia guardar no coração todos seus sorrisos.

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